Paris, 15 jun (EFE).- O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, disse hoje em entrevista coletiva conjunta com o ministro de Exteriores francês, Bernard Kouchner, que a vitória de Mahmoud Ahmadinejad nas eleições presidenciais do Irã é uma "má notícia".
Kouchner ressaltou que a França tem um grande respeito pela "expressão de revolta democrática" em curso no Irã, contra a qual esperou que termine o quanto antes a repressão.
A emissora "France Info" informou hoje que o protesto no Irã foi reprimido a tiros contra a população e produziu "pelo menos um morto e vários feridos".
"Em um país onde a situação é muito tensa", é preciso respeitar e escutar os que denunciam irregularidades nas eleições, "pois arriscam muito", ressaltou o chefe da diplomacia francesa.
"Temos muito respeito pela forma como os iranianos realizam estas demonstrações que têm em direção à democracia", acrescentou depois de se reunir com Ehud Barak, de quem elogiou a constante defesa da paz no Oriente Médio.
Antes, Kouchner anunciou hoje que Paris tinha convocado o embaixador iraniano em Paris para pedir "explicações sobre os eventos no Irã" e sobre as questões existentes sobre a regularidade da apuração.
Barak justificou sua opinião sobre o resultado eleitoral no Irã, porque "o triunfo dos extremistas é uma má notícia", como reiterou esta noite no Quai d'Orsay.
Kouchner comemorou "o avanço" que constitui a recente declaração do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "a propósito da existência de um Estado palestino" e disse ter "falado muito" com Barak sobre a situação em Gaza e no Oriente Médio.
As eleições libanesas, a situação no Afeganistão e o perigo que representaria a obtenção da arma atômica no Irã foram outros temas abordados, explicou.
Ele lembrou que a França acha necessário que "cessem as colonizações", seja especificado o estatuto de Jerusalém como capital de dois Estados, e sejam retomadas as conversas de paz com a Autoridade Nacional Palestina (ANP).
Também hoje, o Ministério de Assuntos Exteriores francês pediu a Teerã que proteja sua sede diplomática na capital iraniana, que foi "objeto de uma manifestação hostil" esta segunda-feira. EFE
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