Jerusalém, 7 jun (EFE).- Israel considera que o recente relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o Irã mostra que a comunidade mundial não pode confiar nessa agência da ONU para supervisionar o programa nuclear iraniano.
Um comunicado do Ministério de Assuntos Exteriores israelense divulgado hoje afirma que "as descobertas (do aumento de urânio enriquecido no Irã) mostram que a comunidade internacional, e não só Israel, não pode depositar sua confiança na supervisão da AIEA sobre o Irã".
Na sexta-feira passada, essa agência das Nações Unidas revelou em relatório que o Irã continua enriquecendo urânio, violando três tipos de resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
A AIEA afirmou que Teerã já produziu 1,339 mil quilos de urânio pouco enriquecido, 33% a mais que em fevereiro.
Israel considera que os dados desse documento mostram a incapacidade da agência para supervisionar de forma efetiva o programa nuclear iraniano, devido também à falta de cooperação por parte do Governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.
O Ministério de Exteriores israelense pede ao mundo que adote medidas concretas para frustrar as ambições nucleares da República Islâmica.
"O que se requer da comunidade internacional é uma ação imediata e firme para garantir que o Irã não terá capacidade de produzir armas nucleares", diz o comunicado.
A nota afirma que "a fraqueza atualmente mostrada pela comunidade internacional permite que um país como a Coreia do Norte possa implementar políticas desafiadoras, e o Irã é um aluno desta política".
A nota do Ministério de Exteriores também denuncia que a Síria é suspeita de tentar esconder evidências de uma atividade nuclear secreta.
Outro relatório da AIEA revelou na sexta-feira que tinham sido descobertas usinas de urânio processado na Síria.
A agência da ONU estudou informações da inteligência dos Estados Unidos que indicavam que a Síria tinha construído um reator atômico projetado pela Coreia do Norte com o objetivo de fabricar armamento nuclear, antes que Israel o bombardeasse, em 2007. EFE
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