A Microsoft anunciou nesta quinta-feira (18) que uma versão beta do serviço gratuito de segurança para computadores Microsoft Security Essentials será liberada a partir da próxima terça-feira, 23 de junho.
Já a versão final do produto deverá chegar ao mercado até o fim deste ano, no que pode ser o maior desafio já enfrentado pelo setor de software antivírus, que movimenta bilhões de dólares anuais.
O novo produto da Microsoft oferece proteção contra diversos tipos de softwares maliciosos, como vírus, spyware, cavalos de Tróia e rootkits. Caso a varredura do programa detecte um arquivo suspeito que ainda não esteja registrado como malware, o software alerta os pesquisadores da empresa para que façam mais análises.
O lançamento gratuito surge depois de um esforço frustrado para vender um pacote de software de segurança chamado Live OneCare, que a Microsoft lançou há três anos, mas que a empresa anunciou que pretende tirar do mercado em novembro.
Especialistas do setor que realizaram testes prévios do Security Essentials dizem que seus recursos e qualidade se equiparam aos produtos antivírus da Symantec, McAfee e Trend Micro, cujo uso custa cerca de US$ 40 (cerca de R$ 80) anuais.
"A notícia é boa para os consumidores e ruim para os concorrentes", disse Roger Kay, analista do setor de computadores na Endpoint Technologies Associates.
As empresas de segurança, no entanto, minimizaram a ameaça da Microsoft. Executivos da Symantec e da McAfee desconsideram o esforço da empresa como uma alternativa menos eficiente à proteção plena que oferecem com seus pacotes de segurança mais vendidos.
A oferta da Microsoft combate apenas software malignos, enquanto os produtos mais procurados de seus concorrentes no segmento de segurança incorporam outros recursos, como cifragem, firewall, backup de dados e controles de conteúdo.
Mesmo assim, Rob Enderle, analista do Enderle Group que acompanha de perto o setor, disse que os consumidores não precisam de todos esses recursos.
"Se houver um produto bom o bastante distribuído de graça, como justificar pagar mais?", questionou.
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