Luxemburgo, 15 jun (EFE).- O ministro de Assuntos Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, afirmou hoje que o Governo israelense está disposto a iniciar "imediatamente" um diálogo sem "precondições" com os palestinos.
Lieberman também disse que Israel está "aberto" a "qualquer pedido" durante as negociações.
"Podemos ir à negociação com os palestinos sem nenhuma condição prévia", repetiu o chanceler israelense numa entrevista coletiva concedida após um encontro com colegas da União Europeia (UE).
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, definiu neste domingo as bases da recuperação do diálogo, ao se referir pela primeira vez à criação de um "Estado palestino", mas fez uma série de requisitos à Autoridade Nacional Palestina (ANP), como que seja um território desmilitarizado.
Lieberman afirmou que não se trata de "precondições" para iniciar as negociações, e sim de "posições" as quais Israel tem direito de defender, como qualquer das partes, e que não impedem os dois lados de estar abertos ao diálogo imediato.
"Apesar de nossa posição, estamos dispostos a negociar e achamos que a solução deve vir das negociações pacíficas", disse, lembrando que é "uma posição muito clara" expressada "antes das eleições, durante as eleições e depois das eleições", nas quais o Governo foi eleito no começo do ano.
Para o chanceler, é "a hora certa" para buscar a "solução regional" proposta pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
O governante americano afirmou que "é momento de atuar" para conseguir uma saída ao conflito no Oriente Médio que inclua a coexistência de dois Estados, o israelense e o palestino.
Lieberman também se mostrou disposto a iniciar "imediatamente" um diálogo com os sírios "e com os outros países", sem nenhuma precondição.
Os Estados Unidos pediram à Síria que desempenhe um papel "integral" na construção da paz na região.
"Cada parte tem sua visão e estamos preparados para falar todos os temas, todos os pontos", afirmou o ministro israelense.
Por isso, pediu à União Europeia para ajudar a impulsionar estas negociações, que, em sua opinião, interessam a todas as partes.
Por sua parte, o ministro de Exteriores tcheco e presidente rotativo do Conselho da UE, Jan Kohout, destacou o apoio europeu à solução de dois Estados. EFE
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