São Paulo - Cientistas do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que anunciaram ontem a realização do sequenciamento de dois genes importantes do vírus A(H1N1), identificaram pequenas mutações ao comparar com os primeiros sequenciamentos feitos na Califórnia. A taxa de similaridade entre os vírus decodificados no Brasil e nos Estados Unidos ainda é superior a 99,5%. Pesquisadores consideram uma boa notícia que tenha havido tão poucas modificações. O vírus da gripe suína possui oito genes.
As amostras do microrganismo foram colhidas do primeiro paciente diagnosticado com a gripe suína em São Paulo, em abril. “Ainda não sabemos quais são os impactos dessas variações na ação do vírus”, diz Cecília Luiza Simões dos Santos, bióloga do instituto. Os pesquisadores escolheram dois genes para sequenciar: o MP - que codifica as proteínas da matriz M1 e M2, mais abundantes na composição do vírus - e o HA, que produz a proteína hemaglutinina, responsável pela capacidade de infecção do vírus. As mutações ocorreram no gene HA.
Para os pesquisadores, a boa notícia é que não houve mutação na região da proteína que interage com os anticorpos produzidos pelo corpo humano para combater o vírus. Com isso, as vacinas em fase de desenvolvimento têm chances maiores de apresentar boa eficácia. Na semana passada, a Novartis anunciou que até setembro conseguirá produzir a vacina. Ontem, a Baxter confirmou que terminou os testes e já está começando a produzir doses.
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