Ilustração de como seria o lago em Marte
WASHINGTON - Uma equipe de pesquisadores da Universidade do Colorado (UC), nos Estados Unidos, afirma ter descoberto as primeiras provas conclusivas da existência de margens de um lago que existiu em Marte.
Os cientistas calculam que o lago existiu há cerca de 3,4 bilhões de anos, cobria cerca de 200 quilômetros quadrados e tinha profundidade máxima de 450 metros, disse Gaetano Di Achille, que liderou o estudo, em comunicado.
A existência de um lago reforça a possibilidade de que formas de vida possam ter existido em Marte.
A suposta margem de um lago descoberta inclui uma série de falésias e galerias que podem ser os restos de depósitos nas praias.
"Esta é a primeira prova sem ambiguidades de margens na superfície de Marte", relatou Di Achille. "A identificação das margens e as provas geológicas que as acompanham nos permitem calcular o tamanho e o volume do lago".
As conclusões foram publicadas na revista virtual Geophysical Research Letters, publicada pela União Geofísica Americana.
Este não é o único grupo de cientistas que afirmou ter encontrado provas da existência passada de lagos em Marte. Em 2008, uma equipe de pesquisadores anunciou a descoberta de um lago na cratera Holden.
A análise das imagens captadas indica que a água escavou um cânion de quase 50 quilômetros de comprimento e depositou sedimentos que formaram um extenso delta, segundo os cientistas.
Este delta e outros que rodeiam a bacia apontam para a existência de um lago grande e duradouro, disse Brian Hynek, professor da UC.
Além disso, as imagens mostram que o lago existiu durante uma época na qual, de acordo com os pesquisadores, Marte foi um planeta frio e seco.
"Esta pesquisa não só prova que houve um sistema de lagos em Marte por muito tempo, mas também podemos ver que o lago se formou depois de um período quente e úmido" existente entre 4,1 e 3,7 milhões de anos atrás, explicou Hynek.
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