O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que Israel tem que interromper a construção de assentamentos judaicos em territórios palestinos e reafirmou o compromisso americano com a criação de um Estado palestino.
Os comentários de Obama foram feitos ao lado do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, com quem manteve nesta segunda-feira um econtro que se prolongou por uma hora além das duas inicialmente previstas.
''Acredito ser do interesse não apenas de palestinos, mas também de israelenses, que os Estados Unidos e a comunidade interacional alcancem uma solução com dois Estados'', afirmou o líder americano.
O congelamento da construção de assentamentos e o estabelecimento de um Estado palestino ao lado de Israel foram compromissos firmados por governos israelenses no passado, mas que vêm encontrando resistência junto à administração de Netanyahu.
Durante o plano de paz estabelecido em 2003, palestinos, israelenses e americanos alcançaram um compromisso de interromper a edificação de novos assentamentos na Cisjordânia.
Mas Netanyahu vem resistindo às pressões de americanos, representantes da União Europeia e países árabes que vêem a expansão dos assentamentos como um obstáculo para um acordo de paz.
No ano passado, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, o ex-premiê israelense Ehud Olmert e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, firmaram o objetivo de estabelecer a criação de um Estado palestino lado a lado com Israel.
Mas a coalizão comandada por Netanyahu conta com partidos de direita que se opõem à criação de um Estado palestino. E o próprio líder israelense não falou publicamente até o momento sobre um possível Estado palestino - nem mesmo no encontro desta segunda.
Oportunidade
"Nós vimos o progresso estancar, mas eu sugeri ao primeiro-ministro que ele tem uma oportunidade histórica para obter um avanço importante durante a sua gestão'', disse Obama.
Netanyahu disse estar pronto a retomar negociações de paz com os palestinos imediatamente e que aceita que Israel e palestinos vivam lado a lado, mas acrescentou que qualquer acordo dependerá da aceitação do reconhecimento de que Israel possa exisitr.
O premiê de Israel procurou também mostrar que existe consenso entre israelenses e países árabes em relação a temores provocados pelas supostas aspirações do Irã em adquirir armas nucleares.
O líder americano afirmou que, a despeito da intenção dos Estados Unidos de alcançar uma saída diplomática para que o Irã abdique de suas possíveis ambições nucleares, o prazo para essa solução negociada ser alcançada não será indefinido.
''Não iremos falar para sempre. Minha expectativa é de que se começarmos as discussões logo, pouco após as eleições iranianas, nós deveremos ter uma idéia razoavelmente clara até do final do ano se estamos indo na direção certa'', afirmou Obama.
Ao longo do encontro, Obama e Netanyahu procuraram demonstrar um tom amistoso, em sua primeira reunião realizada desde que ambos chegaram ao poder. O americano destacou a ''juventude e sabedoria'' do colega, ao que Netanyahu retrucou: ''Eu refutaria juventude, mas muito bem''.
Mas as divergências entre os dois líderes em diferentes temas permaneceram claras durante os comentários feitos à imprensa após a reunião.
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