A imprensa de Israel comentou nesta terça o discurso do Papa no monumento às vítimas do Holocausto, e criticou o pontífice por não usar palavras como "perdão" ou "remorso" em suas palavras.
O jornal "Ha'aretz", o mais progressista e o segundo mais influente do país, disse que Bento XVI "não lembrou a responsabilidade dos nazistas no Holocausto", o que considera importante, levando em conta a origem alemã do Papa e seu passado na juventude hitlerista e na Wermacht, as forças armadas do Terceiro Reich.
O Museu do Holocausto foi a segunda parada do pontífice após sua chegada na segunda-feira a Israel e, talvez, a mais importante de toda a sua peregrinação, devido à comoção que desperta neste país o genocídio de seis milhões de judeus nas mãos dos nazistas.
O jornal "Yedioth Ahronoth", o de maior tiragem em Israel, comentou que Bento XVI "perdeu uma oportunidade ao não pedir perdão ao povo judeu" pelo Holocausto.
Já o diário "Maariv", jornal mais conservador e o segundo maior em vendas no Estado judeu, comentou que "o menino da juventude hitlerista e o soldado da Wermacht não lembrou os nazistas nem lamentou (o Holocausto)".
Bento XVI visitou o Museu do Holocausto de Yad Vashem, onde afirmou que o sofrimento das vítimas do nazismo, que exterminou milhões de judeus, "não podem ser negados, diminuídos ou esquecidos". A mensagem era dirigida à irritação da comunidade judaica com relação ao bispo britânico Richard Williamson, que negou o Holocausto.
- Estou aqui para permanecer em silêncio diante deste monumento erguido para honrar a memória de milhões de judeus mortos na horrível tragédia do Holocausto - disse o Papa, ao realizar o seu principal compromisso do dia.
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