Por John Whitesides
WASHINGTON (Reuters) - O presidente Barack Obama determinou nesta terça-feira que o combalido setor automobilístico dos EUA produza carros que gastem menos combustível, sob os novos padrões nacionais mais rígidos contra a emissão de poluentes.
Obama disse que a nova regulamentação, anunciada em uma cerimônia na Casa Branca com a presença de dirigentes do setor e sindicalistas, reduzirá a dependência dos EUA em relação ao petróleo importado e dará à industria automobilística, em meio à uma crise, cinco anos de certezas quanto a seus custos.
"O status quo não é mais aceitável", disse Obama num anúncio que pressionará as montadoras a se modernizarem para que produzam veículos mais eficientes.
"Fizemos pouco para aumentar a eficiência do combustível nos carros e caminhões dos EUA durante décadas", afirmou, acrescentando que os novos padrões marcam o início da transição para uma economia de energia limpa.
As emissões de poluentes dos automóveis são uma das principais fontes de gases do efeito estufa, e o combate à mudança climática é uma das prioridades do governo Obama.
Pelas novas regras, veículos de passeio e utilitários leves devem rodar uma média de 15,1 quilômetros por litro de gasolina até 2016. Obama disse que isso economizará 1,8 bilhão de barris de petróleo durante toda a duração do programa -- o equivalente a retirar 58 milhões de carros das ruas durante um ano.
Além disso, pelas novas regras, Agência de Proteção Ambiental vai regulamentar e reduzir as emissões de poluentes dos automóveis pela primeira vez.
O Congresso não precisa aprovar os novos padrões, que serão implementados por meio de regulamentações federais.
Montadoras e ambientalistas elogiaram as medidas, que no entanto acarretarão custos ao consumidor -- cerca de 600 a mais dólares por veículo. Obama disse que os usuários vão recuperar o dinheiro graças ao melhor rendimento dos carros.
"Esta é uma proposta vencedora para pessoas que cogitam comprar um carro. Na verdade, durante a vida de um veículo, o motorista típico vai economizar cerca de 2.800 dólares por ter um melhor rendimento."
O setor mais afetado será o das refinarias de gasolina, já muito prejudicadas pela atual crise econômica. O anúncio da Casa Branca acontece em meio ao segundo aumento semanal consecutivo do preço da gasolina nos EUA.
A nova proposta também pode resolver também uma longa disputa entre a Califórnia e o governo federal sobre a tentativa do Estado de regularizar as emissões para reduzir o aquecimento global.
O governo Obama disse que a Califórnia deve ceder à nova política federal e que os processos sobre os esforços da Califórnia liderados pela indústria automotiva serão retirados.
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