O ministério dos Transportes de Israel divulgou nesta segunda-feira um plano para mudar as novas placas de trânsito do país para que sejam escritas apenas na língua hebraica.
Atualmente, as placas são escritas em inglês e árabe, além do hebraico.
Segundo representantes do ministério, a falta de uniformidade nos escritos "confunde" os motoristas.
Pelo novo plano, a palavra Jerusalém, por exemplo, atualmente identificada como "Jerusalem", em inglês, "al-Quds", em árabe, passará a ser identificada apenas como "Yerushalaim".
"A falta de uniformidade nas placas tem sido um problema para aqueles que falam línguas estrangeiras, tanto cidadãos como turistas", disse Yeshaayahu Ronen, do Departamento de Planejamento dos Transportes.
Motivações
Em entrevista ao site de notícias Ynet, o ministro dos Transportes israelense, Yisrael Katz, explicou algumas das razões da decisão.
"Alguns mapas palestinos continuam a se referir a cidades israelenses pelos nomes pré-1948", disse Katz ao site Ynet, se referindo a data de fundação de Israel.
"Não permitirei isso nas nossas placas. Esse governo, e certamente esse ministério, não permitirão que ninguém torne a judaica Jerusalém na palestina al-Quds", afirmou.
Segundo ele, as áreas ocupadas da Cisjordânia onde Israel exerce o controle civil permanecerão com as placas em árabe.
De acordo com o ministério, as mudanças serão graduais e nenhuma placa já existente será modificada, a não ser que precise de troca por defeito.
O plano do governo foi criticado por políticos árabe-israelenses.
"Katz está enganado se pensa que ao mudar algumas palavras, apagará a existência do povo árabe", disse o parlamentar Ahmad al-Tibi.
Israel tem mais de 1 milhão de cidadãos árabes, que representam 20% da população.
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