quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Seja quem HASHEM criou-o para ser.

A vida do homem é uma prova.
O Criador fortalece o poder do ietzer harah, aquela "criatura" espiritual no homem que é capaz de despertar e intensificar suas inclinações para o mal, para as sombras, implícita em "tudo que é contrário àquilo que o Próprio D'us criou". Foi o Criador que deu ao ietzer a habilidade necessária para voltar a atacar o homem "todos os dias", para "visitá-lo" uma visita que o ietzer, como convidado, pode prolongar até "tornar-se um membro da casa", se for bem recebido e bem vindo). Por meio de seu "enviado", este ietzer provocativo e irritante , o Criador submete o homem, sua criatura privilegiada, a repetidos testes, fazendo de sua vida uma "prova". É este o destino reservado para seu povo escolhido, do qual Ele Se orgulha. Ele o testa constantemente, de modo que toda a sua vida torna-se uma "prova", um nissaion " como a de Abraão, como indivíduo, e com a de Yisrael, coletivamente). Na prova, Seus eleitos ficam mais fortes, distinguindo-se por sua força de caráter, de maneira que D'us os apresenta aos homens e às nações como um exemplo de tenacidade, perseverança e lealdade Sua Lei. Assim, o Ietzer ataca de preferência  homens "grandiosos". Ele "cresce proporcionalmente á sua "grandiosidade"; provoca-os com uma insistência peculiar. Assedia a "cidadela" deles com violência adicional, já que esta oferece maior resistência  do que as "casas" dos outros homens, que logo são destruídos sob seus ataques.
O itzer é "enviado" pelo Criador a fim de despertar o homem tanto quando ele está mergulhado num êxtase voluptuoso como quando se afunda numa indolência sonolenta.
De fato, D'us ama aqueles que, como Isra-el, " lutam e vencem" (Gênesis 32:29). Ele preferiria não ver os "perversos" se submeterem ao ietzer harah sem lutar. Também não gosta de ver aqueles que, cansados de lutar como o ietzer, se fecham completamente para ele, trancando o lado esquerdo de seu coração para evitar que ele entre, repelindo assim seu ataque. Exaustos, eles afundam na apatia e tornam-se indiferentes às exigências "legitimas" de sus instintos. Abandonam-se ao tédio dos "hábitos" repetitivos e insípidos e toleram uma existência invariavelmente monótona. Rabi Menachem Mendel de Kotzk ( séc. XIX), interpretando um versículo do livro dos Juízes, afirma que D'us ama aqueles homens "justos" que se mantêm prontos a todo instante, postados " em seus portões" para de novo travar batalha contra o ietzer e , em vez de se entregarem a um "processo de envelhecimento" inativo e estéril, conservam seu "frescor juvenil". Na verdade, "os justos não têm descanso neste mundo, nem no mundo vindouro; ele passam de um sucesso a outro", pois o sucesso nunca é completo, absoluto e definitivo, nem mesmo quando " no mundo vindouro, os justos estiverem sentados e saboreando o esplendor da shehinah" da Presença Divina.
No entanto, o austero Rabi de Kotzk, como outros tzadikim, "homens Justos", não desprezavam os benefícios de uma retirada. Pelo contrário, em certo período de suas vidas, eles apreciaram particularmente a hitbodedut, uma "solidão" absoluta com D'us.Mantinha-se isolados, livres de toda tentação, baixando os olhos, procurando proteger" seus corações e seus olhos" (cf. Números 15:39) dos "Muitos olhos" do ietzer hara, que seguem o homem ao menor movimento. Não obstante, eles reconheciam e admiravam a coragem daqueles Tzadikim que, voluntária e abertamente, enfrentam sem temor o "teste" e ousam "provocar o ietzer harah em sua residência", confrontá-lo e subjugá-lo. (livro "Sabedoria da Cabalá" por Alexandre Safran )

Fica ai esse conceito para aqueles que almejam ser um dia chamados de Chassid, de tsadikim, e que o Eterno nos ajude!


Yachne כנ'

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