quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ciência ou Religião?

Esta semana estava lendo um excelente livro, no qual o autor aborda a questão da ciência e da Torah.
Desde criança ele foi educado a base do ensino racional.Mas ele continua " a fé brota espontaneamente no espírito humano. Ocorre o momento na vida de cada um em que a presença do Criador se faz sentir"
Recomendo a aqueles que gostam de ler "O Retorno " professor Herman Branover.
Fica ai um Trechinho do  livro ...
...Nenhum progresso científico nem tecnológico é capaz de aperfeiçoar um ser humano espiritual ou moralmente , de mudar a essência ou o significado da vida, de influenciar os fatores que são a medida da felicidade e satisfação humana, de modificar as paixões, os sentimentos ou ainda as motivações. Nas esferas ético-morais, a vida do homem e da sociedade não se alteram em centenas ou milhares de anos.
É suficiente abrir aleatoriamente qualquer um dos livros da Torah ou folhear qualquer tratado da mishná, para se convencer de que dois ou três  mil anos atrás , exatamente como hoje, as pessoas viviam e morriam, criavam filhos, amavam e odiavam, se alegravam e sofriam, invejavam e simpatizavam umas com as outras. O destino do homem estava tão pleno de vicissitudes e azares e tão inescrutável, como hoje. Exatamente como agora, existiam então pessoas gananciosas e generosas, egoístas e altruístas, os que davam valor a amizade e à confiança e os que eram traiçoeiros e cheios de desconfiança . Em teoria, apoiavam a probidade, a honestidade e a justiça , mas na prática mentiam, enganavam e simulavam. Havia as mesmas tentações que existem hoje. Tal como agora, a ambição e a cobiça por lucros, nutridas por uns poucos indivíduos em épocas remotas podiam lançar todo um povo no tormento. Não foi em vão que o Rei Salomão disse que "Não a nada de novo debaixo do sol". O homem não se tornou mais nobre porque, ao invés de montar num burrico ou num cavalo, passou a dirigir um automóvel de luxo. A alma do homem, suas aspirações , sua capacidade de ser feliz, não foram melhoradas pelo fato de ele ter substituído velas por lampadas elétrica e, definitivamente, também não o foi pelo fato de ter trocado livros por filmes. Pelo contrário, todas essas invenções tecnológicas, como todo mundo já sabe agora destroem a natureza e mutilam a alma. 
No que diz respeito ao refinamento e perfeição espiritual, basta simplesmente lembrar que na Zona restrita de Residência judaica não havia um único judeu que não soubesse responder a perguntas acerca da essência da alma e da matéria, sobre a razão de ser do homem e a origem do mundo __ enquanto que hoje, professores universitários lutam para sobreviver sem nenhuma visão de mundo que seja capaz de abranger essas questões.
E mesmo a afirmação de que o homem moderno é profissionalmente  mais competente é um mito. Para os antigos especialistas em aço, bastava olhar para uma espada ou toca-la com a mão, para detectar os defeitos de fabricação, enquanto que os metalúrgicos de hoje , armados até os dentes com espectroscopia e detectores ultrassônicos de falhas , lutam as vezes anos a fio até detectar a causa do defeito....
Assim , uma vez que o progresso científico-tecnológico não exerce influência alguma sobre aquilo que é verdadeiramente importante para nós __ nosso caráter, nossa capacidade de amar ou odiar, nossa consciência, nosso sentimento de dever, ou mesmo sobre nossa compreensão de nós mesmo e do mundo em que vivemos__ qual é então a razão do conceito geral de que ciência nega a fé?....
( trechos das pgs 199a 201)

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