sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lula diz que apoia programa nuclear do Irã desde que seja com fins pacíficos


Brasília - Depois de uma longa reunião com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (23) o direito de o governo do Irã desenvolver seu programa nuclear. No entanto, Lula ressaltou que a posição brasileira é defender um programa que obedeça o objetivo de fins pacíficos e respeite os acordos internacionais, a exemplo do que faz o governo do Brasil.

“Esse é o caminho que o Brasil vem trilhando em obediência à nossa Constituição que proíbe a produção e utilização de armas nucleares. Não proliferação e desarmamento mundial devem andar juntos”, disse Lula ao lado presidente do Irã. Ambos deram declarações conjuntas e responderam a duas perguntas de jornalistas brasileiros e estrangeiros.

Há polêmicas envolvendo o programa de energia nuclear do Irã que é suspeito de ocultar a produção de armas nuclear capazes de efeitos em massa. Os organismos internacionacionais responsáveis pelas fiscalizações enviam frequentemente inspetores para que analisem documentos e as usinas iranianas.

Lula afirmou que o Brasil sonha com um Oriente Médio livre de armas nucleares e encorajou o presidente iraniano a continuar o engajamento com países interessados de modo a encontrar uma solução justa e equilibrada para a questão nuclear iraniana.

“Reconhecemos o direito do Irã de desenvolver programa nuclear para fins pacíficos com todo o respeito aos acordos internacionais”, reiterou o presidente Lula. “O Brasil sonha com o Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre em nossa querida América Latina.”

Segundo Lula, se o governo iraniano seguir as normas internacionais e tiver posição semelhante à brasileira contará com seu apoio. “Encorajo assim vossa excelência a continuar o engajamento com países interessados de modo a encontrar uma solução justa e equilibrada para a questão nuclear iraniana”, afirmou o presidente brasileiro.

Preocupado em evitar atrasos, Lula foi vencido pelo tempo e a ampliação da reunião bilateral com Ahmadinejad. A agenda política programada pelos assessores dos dois presidentes sofreu mais de duas horas de atraso.

Como habitualmente ocorre, Ahmadinejad respondeu longamente às questões e fez um discurso de 17 minutos. A declaração conjunta e a rápida entrevista de Lula e do iraniano ocorreram antes de ambos almoçarem o que provocou brincadeira do presidente brasileiro, que deu a entender que estava com fome.

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