sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Imprensa israelense culpa Netanyahu pela crise Israel-Turquia


JERUSALÉM — Os jornais israelenses criticaram nesta quinta-feira com dureza o governo de Benjamin Netanyahu, considerado responsável pela crise diplomática desatada pela humilhação sofrida pelo embaixador da Turquia em Tel-Aviv, o que obrigou Israel a apresentar desculpas oficiais.

O jornal Maariv fala de "capitulação" depois do envio na quarta-feira de uma carta de desculpas do vice-ministro da Relações Exteriores, Danny Ayalon, que na segunda-feira dispensou um tratamento humilhante ao embaixador Oguz Celikkol.

O Amnon Abramovitch, de um canal de TV privado, chegou a falar de "conduta infantil" do governo.

Na terça-feira, a Turquia exigiu desculpas de Israel pelo tratamento dispensado na véspera a seu embaixador neste país e negou com veemência as acusações de antissemitismo por parte do Estado hebreu motivadas pela tranmissão de um filme considerado discriminatório.

Antes, o embaixador de Israel na Turquia foi convocado ao ministério, onde foi informado do descontentamento pela forma com que Danny Ayalon tratou seu colega embaixador.

Ayalon teria se negado a apertar a mão do embaixador turco diante dos fotógrafos e cinegrafistas, além de obrigá-lo a esperar muito tempo para recebê-lo. E ainda o obrigou a sentar-se num nível mais baixo que seus interlocutores.

Depois do pedido de desculpas, exigido por Ancara, um diplomata turco informou que Celikkol não seria chamado para consultas.

O presidente turco Abdullah Gul havia ameaçado convocar seu embaixador caso Israel não apresentasse desculpas oficiais.

Este episódio acontece depois da exibição, na Turquia, da série televisiva "O vale dos lobos", considerada altamente anti-israelense, e das novas críticas do premier turco, Recep Tayyip Erdogan, ao ataque aéreo israelense à Faixa de Gaza.

A Turquia, um país muçulmano, era um aliado regional de Israel, mas as relações se deterioraram há um ano devido à ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza, muito criticada pelos dirigentes turcos.

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