quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

EUA dão apoio inédito a experiências com células-tronco embrionárias


Washington, 2 dez (EFE).- O Governo americano aprovou hoje pela primeira vez o uso de fundos federais para experiências com células-tronco de embrião humano, em um mudança de postura frente à política do Executivo anterior neste controvertido assunto.


A rede de Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) autorizou hoje o uso de 11 linhagens de células-tronco produzidas por cientistas do Hospital Infantil de Boston e outras duas criadas por pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York.


Todas as células foram obtidas de embriões abandonados por casais em clínicas de tratamento para infertilidade.


Há aproximadamente nos EUA meio milhão de embriões congelados oriundos das clínicas de fertilização artificial. Em sua grande maioria, usados ou não para a pesquisa, serão destruídos.


"Esta é uma mudança real. Este é o início do que será uma lista muito mais longa que permitirá à comunidade científica explorar o potencial da pesquisa sobre células-tronco embrionárias", declarou o diretor do NIH, Francis Collins.


Em 9 de março, o presidente americano, Barack Obama, cancelou uma restrição imposta em 9 de agosto de 2001 por seu antecessor, George W. Bush, que limitava o financiamento federal para a pesquisa de células-tronco às 21 linhagens obtidas até aquela data.


As células-tronco têm a capacidade de se desenvolver em diferentes tipos de tecidos, e os cientistas creem que seu estudo e uso permitirão o tratamento de doenças como o mal de Alzheimer.


As restrições impostas pelo Governo Bush responderam aos argumentos de grupos religiosos e conservadores que são contrários ao uso de embriões para a "colheita" de células-tronco.


À época da imposição das restrições, os cientistas favoráveis às pesquisas diziam que as células obtidas de embriões são as mais aptas para se desenvolver em diferentes tipos de tecidos.


A restrição vigente durante o Governo Bush foi mais um incômodo do que um obstáculo para a pesquisa com células-tronco nos EUA, já que ela continuou no setor privado, embora sem o apoio de fundos federais.


Um dos efeitos práticos da restrição foi o de levar instituições que recebiam financiamento federal a separar seus laboratórios, pessoal e protocolos, a fim de que as áreas dedicadas a pesquisas com células-tronco não trabalhassem com recursos do Governo.


No entanto, alguns estados americanos aprovaram leis que permitem o financiamento estatal de outras linhas de pesquisa com células-tronco. EFE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

o comentário sera aprovado pelo moderador do blog.
por favor aguarde